Centro Metamorfose

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Tantra. Transe. Centro Metamorfose. Dhyan Raghu. Garopaba. Santa Catarina

Centro Metamorfose

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Tantra. Transe. Centro Metamorfose. Dhyan Raghu. Garopaba. Santa Catarina

Álbum

Tantra

Um grito de dentro… de um lugar tão dentro de cada um que não é possível mapear. Um suspiro repetido em giros de sentimentos. Um agarrar o braço, o ar, a vontade. Mordidas, tremores. Temores e alívios.

“É importante abrir tudo que

está preso no corpo"

Dhyan Raghu

Por que não consigo sentir prazer? Como livrar-me de uma depressão? Por que tenho problemas com a pessoa com quem estou casado há anos? Consigo substituir a agressividade pelo afeto? Por que não posso expressar minhas sensações? Por que repito padrões em relacionamentos? Posso desenvolver a sociabilidade? Por que erotizo todas as situações cotidianas e, ainda assim, não consigo encontrar amor?

Essas são perguntas acolhidas nos rituais e tratamentos do Tantra, uma corrente espiritual que trabalha as energias do corpo e que lida diretamente com a sexualidade… coisa rara, já que muitas vezes os assuntos da matéria são banidos de espaços de filosofia e fé. Nessa linha que tem a sua origem na Índia e que traz discursos e práticas de sociedades antigas matriarcais e do mestre indiano Osho, sexo e orgasmo e liberdade não são tabus.

“A pessoa que sente seu chacra sexual

sente sua autonomia, sente sua liberdade

e não vai se sujeitar a certas privações

e certas explorações"

Dhyan Raghu

A Universidade da Nova Sexualidade Humana, o Centro Metamorfose, trabalha no Brasil com Terapias Tântricas desde 1996: são dezenas de terapeutas treinados em quase todo o país e envolvidos em encontros e falas que tem como objetivo retomar o papel original do Tantra, resgatar a nossa humanidade.

“O Tantra não te programa,

ele te desprograma.

Basicamente, ele tenta te limpar.

Uma vez que você está limpo,

você tem espaço para se organizar de novo"

Dhyan Raghu

Uma filosofia, e não uma religião, que assume-se tão mutante e contraditória como o ser humano: é seu reflexo e não seu remédio. Dialoga com exercícios de Yoga, com falas budistas, mas se reinventa com a intenção constante de abrir espaços em cada indivíduo. O método adotado, o Deva Nishok, tem como objetivo acordar as sensações de um corpo. Assim foram criadas massagens, exercícios de respiração e encontros como O Caminho do Amor.

“O amor é a melhor cura

que o ser humano pode apresentar"

Dhyan Raghu

Sempre dançando, já que é em movimento que espaços surgem entre e nos corpos, um grupo de pessoas percorre O Caminho do Amor em uma experiência de três dias. Imersos e entregues, recebem estímulos para liberar as emoções reprimidas e para manipular seus estados vibracionais. Todos os chakras são trabalhados nesse caminho que é na verdade uma jornada da mente ao coração.

 “A gente não quer erotismo.

Na nossa visão,

o erotismo é uma coisa pobre,

algo que estimula a fantasia

e não a realidade"

Dhyan Raghu

Ao contrário do que muitos podem pensar em uma primeira apresentação, O Caminho do Amor não é uma prática sexual coletiva: o Tantra trabalha as sensações individuais e não a imagem do outro. Ao longo dos dias, acontece uma narrativa experiencial a partir da história de cada ser: primeiro uma apresentação, depois exercícios de explosão muscular, respiração ora coordenada ora caótica, rodas de conversa, estímulos corporais em contato com o outro e com a água e com a terra.

“Quando você abre o corpo,

as energias saem mais fáceis.

O riso sai mais fácil,

o choro sai mais fácil"

Dhyan Raghu

Risos, ridículos no início e gostosos após um tempo de entrega… Humildade e serviço para lavar os pés de alguém que ali representa uma situação de dor ou mágoa. Em posição de borboleta formada pelo aproximar das pernas de duas pessoas, exercícios e respirações trabalham toda a energia sexual concentrada na musculatura pélvica: uma experiência de orgasmo espiritual que ensina a recuperar o prazer contido, sem a necessidade de um novo ato. Despidos de roupas e cobertos de coragem - e de lama – todos os corpos entregam-se ao chão e aos seus sentimentos primordiais.

Despertos para si e a partir de cada estímulo que mais parecem ferramentas de passagem, cada um deixa que seus sentimentos invadam suas expressões. Choros e gemidos são como histórias sublimes que andavam secretas em um corpo mascarado numa sociedade que nos ensina a esconder. Um exorcizar das histórias criadas na memória abre as fronteiras para a volta da percepção das sensações do corpo.

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